Viajando em família ou em grupo, pra mim é sempre regra primordial aquele fato de que ninguém nasceu grudado. Não tenho problema nenhum em passar alguns, ou vários momentos passeando sozinha (afinal, sou legalzíssima), fazendo o que eu tiver vontade de fazer, na hora que eu quiser. Amo essa independência! Mais do que isso, faço questão dela e, inclusive, não viajo com quem se ofende com a possibilidade de cada um tomar seu rumo ocasionalmente. Claro que, se os planos e vontades todos coincidem, ótimo. Mas, por princípio, acho errado deixar de fazer qualquer coisa que eu queira muito por simples falta de companhia. Da mesma forma que acho errado forçar meus amigos ou parentes a fazerem o que não querem só pra eu não ficar sozinha (#mimimi).
E foi num desses momentos, como tantos outros já narrados aqui no blog, que eu fui passear um pouquinho pelo East End. Minhas amigas tinham agendado uma day trip para Dover, Canterbury e mais uns trocentos lugares; mas achei que eu ainda tinha o que fazer em Londres, e não quis desperdiçar. Decisão muito correta aliás, visto que eu AINDA TENHO muito o que fazer em Londres.
Eu não sei descrever muito bem esse tipo de passeio, aleatório e subjetivo, mas vou tentar o melhor que der.
Decidi passear pelo lado Leste da cidade porque tinha ouvido por todo lado que era a região que está bombando atualmente e porque, jogando num gráfico, era o lugar que eu mais queria ir dentre os lugares que minhas amigas menos queriam ir, rs. Acordei não muito cedo e fui, mas essa parte foi meio #fail. Era o horário que eu tinha, mas acho que o ideal mesmo é passear por lá durante a tarde, já emendando uma noite agitada. De manhã, senti que demoram um pouco pra acordar, rs.
Desci na estação Liverpool Street, mesmo sendo um pouquinho mais afastada da minha primeira parada por dois motivos: o primeiro, porque sou muquirana e não queria passar pra zona 2 de transporte (o que torna o ticket um pouquinho mais caro); o segundo, porque eu estava a passeio, então quanto mais passeasse, melhor, ué!
E, gente, o bairro é uma delícia de passear, deu muita vontade de morar naquela região. Cheia de lojas e restaurantes criativos, muita street art, mas ainda assim, com algumas áreas bem residenciais, mais tranquilas. Fiquei fazendo hora numa pracinha bem simples e bem fofa, cercada de prédios residenciais, e foi lá que me apaixonei pelo East End. Adoro lugares tranquilos pra morar, mas que tenham uma vida acontecendo bem pertinho; de noite o negócio FERVE.
Vou morar lá um dia.
Box Park
O conceito do Box Park é bem legal, até porque, ele é um shopping. Mas um mini-shopping em que as lojas ficam uma ao lado da outra, e são bem pequenas, porque são basicamente caixas. Caixas… box…, sacou?
Um negócio que eu achei muito legal por lá, e que nunca tinha visto, é o conceito de pop-up store. São espaços (caixas, rs) que não pertencem a nenhuma marca em específico. Ou seja, é uma loja sazonal, em cada período tem alguém vendendo por lá. Muda sempre e eu achei isso o máximo, porque eles não tem tanto espaço e nem tantas lojas assim, então é um jeito de ter novidades sempre!
Street Art
O negócio aqui é entrar em todos os becos, porque você sempre vai ter uma surpresa! É até difícil dar as dicas aqui, porque eu passei em lugares que nem tenho idéia de onde ficam no mapa. Fui me enfiando em cada cantinho que encontrava, e recomendo que você faça o mesmo. O bairro de Shoreditch e mesmo os outros bairros nos arredores são riquíssimos em arte de rua. Eu que curto muito tudo isso desde que vi a Xuxa colorir um muro pixado antes de ter seu cãozinho raptado pelo Baixo Astral, pirei com os melhores murais da vida!
Brick Lane
Rua famoooooosa pelo curry. Brick Lane é a principal rua dos imigrantes vindos do sub-continente indiano (que inclui Índia, Paquistão, Bangladesh, Nepal e Butão). A briga pelo melhor curry de Londres é tão intensa quanto a das pizzas em Nova York. Mas em todos os rankings, pode ter certeza, haverá pelo menos um restaurante da Brick Lane.
Mas nem só curry! É claro que rola um mercado de antiguidades no fim de semana e muitos bares legais todos os dias. Recomendo demais uma passadinha na loja Rough Trade e todas as que ficam naquele quarteirão.
Depois, é só passar pra rua de trás, que é onde fica o Spitalfields Market, que eu contei nesse outro post. Se for almoçar por lá, pegue sua comida e leve para o Elder’s Garden, que fica ao lado. Um jardim público super gostoso, com sol no gramado e banquinhos na sombra. É tão tranquilo que parece que você está há léguas da cidade.
No East End tem muito mais coisa pra fazer, é claro, como o tour do Jack Estripador ou o mercado de flores aos domingos. Chego a ficar deprimida do tanto de coisas que eu não fiz, mas ninguém mandou Londres ser assim, inesgotável. Pra variar, não vejo a hora de voltar!
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O post East End, o melhor pedaço de Londres apareceu primeiro no blog Desfazendo as Malas.